terça-feira, 7 de agosto de 2012

HISTÓRIA DO SAMBA II

História do Samba - Segunda Parte


Confesso que o prazer de falar sobre o samba a cada dia cresce mais. A riqueza histórica é imensa. Tentarei escrever falando da história em geral e depois falarei dos tópicos e personalidades que foram marcantes em todo esse processo de evolução do Samba, sempre mantendo uma linguagem simplificada e de fácil entendimento para todos.

No início do século XX (primeira década) o atual Prefeito Pereira Passos, conhecido como o "BOTA-ABAIXO", da início a uma obra de remodelagem da cidade, obrigando assim a população que habitava os velhos cortiços a subir os morros da cidade em busca de moradia. O Morro de São Carlos foi um dos preferidos pela proximidade do centro. Os morros receberam verdadeiras colônias de descendentes de escravos das mais diversas nações africanas. Enquanto habitavam as cabeças-de-porco da velha cidade colonial, as diferenças religiosas mantinham os povos afastados, mas a união nos morros, todos dividindo um mesmo espaço, misturou negros de origens banto-iorubá, mucurumi e outros povos de origem africana também procedentes de diversos estados do País. Tudo isso foi fundamental para que ali, no Largo do Estácio, as culturas afro-brasileiras pudessem se mesclar criando a base da moderna música popular brasileira.
Nas casas das Tias Baianas, como Amélia, Ciata e Prisciliana, mulheres guerreiras que defendiam a sua cultura mesmo indo contra as leis e preconceitos da época, que aconteciam as festas de terreiro, as umbigadas e as marcações de capoeira ao som de batuques e pandeiros. Essas festas passaram a ser frequentandas por muitos do reino, incorporando assim os gêneros musicais cultivados na cidade, como a polca, o maxixe e o xote, assim moldando o samba carioca urbano.
Mesmo existindo diversas formas regionais de samba em outros lugares do país, é o samba carioca urbano que alcança na década de 1930 a condição de símbolo da identidade nacional brasileira.

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